A Mulher Que Tinha Medo de Começar de Novo
Um conto para quem vive entre o fim de algo e o começo de si
Ela arrumou as malas, mas ficou sentada na beira da cama por três dias.
A roupa limpa, o cabelo preso, o corpo presente. Mas a alma… paralisada.
O fim já tinha acontecido.
O amor que acabou.
A casa que não servia mais.
A versão antiga dela que já não cabia naquela pele.
Mas o começo… ah, o começo era um lugar estranho demais.
Porque ninguém fala o quanto recomeçar é solitário.
Ninguém avisa que reconstruir a si mesma dói mais do que se perder.
Ela olhava pra porta fechada. E pensava:
"E se eu não der conta?
E se eu me arrepender?
E se for pior?"
Então ela ficou. Não por escolha. Mas por medo.
Até que um dia, ela lembrou de uma frase que ouviu de uma mulher forte — daquelas que têm cicatrizes visíveis na alma:
“O medo do novo não vai embora. Mas ele diminui quando você começa a andar.”
Então ela não fez um discurso, nem escreveu textão.
Apenas colocou os pés no chão.
E abriu a porta.
Com lágrimas nos olhos, e a mala na mão.
Não foi bonito.
Foi cru.
Mas foi o começo mais verdadeiro que ela já teve.
🌿 Se você também está vivendo esse silêncio entre o fim e o novo, experimente escrever uma Carta Não Enviada — às vezes, o que paralisa precisa apenas ser dito em silêncio.
✍️ Exercício de Escrita Terapêutica:
Carta Para o Começo Que Me Assusta
Instrução:
Pegue um papel (ou seu bloco de notas) e escreva uma carta para o recomeço que você anda adiando. Pode ser:
- Um novo ciclo sem alguém
- Uma mudança de cidade, de rotina, de identidade
- Um processo de libertação de uma versão sua que ficou pra trás
Comece assim:
"Eu sei que você está aí, me chamando. Mas confesso, estou com medo..."
Depois responda, sem censura:
- O que esse novo representa pra mim?
- O que eu sinto que vou perder ao recomeçar?
- O que eu posso ganhar, mesmo que tudo mude?
- O que em mim já está pronto, mesmo que eu finja que não?
Feche sua carta com a frase:
“Eu vou com medo mesmo, porque não ir é morrer um pouco mais.”
📌 Se esse exercício despertou algo em você, talvez seja hora de viver um processo mais profundo. O Desafio dos 21 Dias Para Preencher o Que o Mundo Não Vê pode te ajudar a colocar luz nos seus vazios e começar de dentro pra fora.
🌀 Reflexão Final:
O recomeço assusta porque ele pede a nossa verdade crua, sem maquiagem emocional.
Mas também é ele que liberta. Porque é no vazio do que já não serve que nasce o espaço para quem você está se tornando.
💥 Se ainda há algo preso na garganta, talvez você precise começar com esse 5 Exercícios intensos de Escrita Terapêutica para quem não aguenta mais fingir. É soco, mas também é respiro.
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Esse conto falou com você? O que você tem adiado por medo?
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