O Que a Menina Que Você Foi Ainda Precisa Ouvir?
Você já parou para escutar a voz da menina que você foi? Aquela que ficou guardada nas gavetas da memória, junto com os medos, segredos e dores que ninguém nunca nomeou. Essa menina ainda vive em você — silenciosa, esperando que alguém a olhe nos olhos e diga o que ela não ouviu quando mais precisava.
Por que Revisitar Memórias Ancestrais?
As memórias ancestrais não são apenas histórias da família. Elas são marcas emocionais que atravessam gerações. Talvez sua mãe tenha carregado uma ferida de rejeição que também caiu sobre você. Talvez sua avó tenha engolido o choro que hoje escorre pelos seus olhos. Revisitar essas memórias não é sobre ficar presa ao passado, mas sobre ressignificá-lo — para que a dor não continue sendo herança.
A Menina Dentro de Você
Essa parte de você ainda guarda ecos de situações não digeridas. A infância não esquece: apenas silencia. E todo silêncio cobra o seu preço na vida adulta. A perfeccionista, a ansiosa, a que se sente sempre “menos” — muitas vezes são vozes dessa criança não ouvida.
Exercício de Escrita Terapêutica: Carta para a Menina
Hoje, você vai abrir um espaço de cura. Pegue papel e caneta. Respire fundo. E escreva como se estivesse diante daquela versão pequena de si mesma. Deixe que as palavras sejam um abraço. Algumas perguntas para guiar a escrita:
1. O que você gostaria que ela tivesse escutado, mas nunca escutou?
Pode ser tão simples quanto “você é suficiente” ou tão profundo quanto “não foi sua culpa”.
2. Quais medos ela carregava que você ainda carrega?
Reconheça. Nomear é o primeiro passo para libertar.
3. Que promessas você pode fazer a ela hoje?
Promessas realistas: cuidar mais de si, dar espaço para sentir, parar de se esconder.
4. O que você aprendeu com a dor dela?
Toda ferida também traz um aprendizado. Olhe para o que nasceu apesar da dor.
5. Se pudesse segurá-la no colo agora, o que diria em silêncio?
Às vezes o que cura não são palavras, mas presença.
O Caminho da Ressignificação
A cura emocional não apaga o passado, mas devolve sentido a ele. Quando você escreve para a menina que foi, você também escreve para todas as mulheres da sua linhagem — as que não puderam falar, as que não puderam chorar, as que precisaram engolir o grito. E, ao mesmo tempo, abre espaço para que sua filha interior finalmente respire.
Convite Final
Se essa leitura mexeu com você, não a engavete. Escreva. Deixe a menina que você foi receber, hoje, aquilo que sempre mereceu. A cura não é um acontecimento mágico — é um diálogo constante entre quem você foi e quem você está se permitindo ser agora.
O que a sua menina ainda precisa ouvir de você hoje?
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